terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Assim foi

Ele chega de mansinho, pé ante pé. Enfia-se na cama, ela finge que dorme.
Ele não tem sono mas tem medo de a acordar, ela tem sono mas não quer dormir.
Depois de minutos naquele silêncio, apenas as respirações ofegantes de quem não dorme se ouvem, ela fartou-se.
Não lhe pergunta por onde andou para chegar aquela hora e sem fazer barulho. Ela não quer saber.
Apenas sente um desejo, uma ansia, um fogo...
Enrosca-se nele que continua imóvel...Será que não sente?
Será que não sente o calor, a vibração que ela emana?
A sua respiração é cada vez mais ofegante mas continua sem se mexer. Não fosse a respiração passaria por morto.
Ela não sabe o que fazer...
Vira-se para o lado e tenta dormir ou sacia o seu desejo?
E ele? O que é que ele quer?
Ela pensa, isso não interessa nada. Eu quero!
Então começa a acariciá-lo lentamente e ele deixa. Afinal mexe-se, pelos vistos também quer.
Ela faz coisas que sabe que ele gosta e ele deixa-se levar...
Ele faz coisas que ela nunca pensou serem possíveis mas que sabem tão bem.
Ela continua a provocá-lo, não quer que termine já. Quer que dure e dure. Apesar de cansada e com sono, ela quer senti-lo toda a noite.
Ficam naquele jogo sensual durante horas, afinal o sono pode esperar.
Ambos se deixam levar num abraço intemporal, quando as gotas de suor lhes escorrem pelo corpo e adormecem.
E assim foi até à manhã seguinte...

1 comentário:

Suellen Brito disse...

e assim foi bom, foi o prazer aprovado e saboreado!

beijo moça!