segunda-feira, 29 de junho de 2009

Quanto menos expectativas menos desilusões...

Agora que finalmente tinha traçado um plano para mostrar a minha faceta mais positiva, não exteriorizar tanto as emoções negativas e deixar que as emoções boas saltassem cá para fora, vejo que continuo a mesma estúpida que cria expectativas demasiado altas para depois se desiludir. Mas porque será que eu continuo a fazer isto a mim mesma?

Ainda hoje li que devemos sonhar sempre mas nunca criar expectativas. Sonhar é bom, desenvolve a nossa imaginação, leva-nos a sítios onde nunca iremos e a fazer coisas que nunca faremos. Como delimitar os sonhos? Como separar o que deverá ficar apenas na nossa imaginação do que esperamos que venha a acontecer? De que forma nos podemos proteger? Como não deixar que os sonhos nos façam criar expectativas? Não faço ideia! A única coisa que sei é que quanto menos expectativas menos desilusões...

A criação de expectativas sobre coisas reais realça o nosso negativismo, torna-nos amargos, rancorosos e a maior parte das vezes a culpa é apenas nossa. Mas e quando não é? Será que as minhas expectativas não são assim tão altas e apenas não são correspondidas? Será que sou demasiado exigente? Será que o expectei hoje seria assim tão exagerado? Eu penso que não, a mim parecia-me uma coisa perfeitamente natural, mas pelos vistos era a única...

domingo, 28 de junho de 2009

Não me percebo

Efectivamente não consigo perceber as minhas reacções, umas vezes demasiado exageradas, efusivas e outras como que de uma morta. Se em situações sem importância muitas vezes expludo sem razão, tenho dificuldade em demonstrar o que realmente sinto noutras ocasiões.

Sou capaz de ficar uma fera por esperar demasiado tempo para ser atendida numa loja mas o Michael Jackson morreu e nem um pingo de emoção a noticia conseguiu colocar nas minhas expressões e observações. Não fiquei chocada, o que considero normal, tendo em conta que sou uma pessoa que encaro bem a morte, como coisa inevitável que é. Mas se calhar encaro-a demasiadamente bem, não quer dizer que não sinta, mas ficar impávida e serena ao saber que alguém que nos é próximo ou neste caso um ícone da nossa infância morreu talvez seja demasiada impassividade. E como eu já gostei do Michael...

Um qualquer condutor atira-se para cima do meu carro no meio do trânsito e eu grito, esperneio e chamo-lhe nomes mas o meu namorado foi escolhido para protagonista de uma curta metragem, eu devia ter ficado contente e fiquei mas porque raio não o consegui demonstrar?
Serei assim tão insensível? Porque não serão as minhas acções adequadas às minhas emoções? Porque será assim tão difícil demonstrar, em certas ocasiões, aquilo que sinto, levantar a mascára, deixar de passar a mensagem de pessoa desinteressada se na realidade não o sou?

Acabo por concluir que sou demasiado complicada para me conseguir perceber. E se eu não me percebo como é que os outros haverão de conseguir fazê-lo?

O mais importante penso que é conseguir aperceber-me destas coisas e tentar corrigi-las. Se bem que não sou uma pessoa muito efusiva nas coisas que realmente interessam sei que não sou insensível e talvez seja altura de começar a demonstrá-lo.

Na onda dos últimos dias ao meu namorado hoje cantava-lhe ao ouvido...
You are not alone
For I am here with you
Though you're far away
I am here to stay
For you are not alone
For I am here with you
Though we're far apart
You're always in my heart


Para o Michael aqui fica o meu pequeno tributo...



sábado, 20 de junho de 2009

Será?

(Dizem os entendidos em blogs que quando estamos muito tempo sem publicar quando o fazemos o texto deve ser muito bom, para convencer os leitores a voltarem. Não é o caso deste texto mas foi o que saiu. Não tenho escrito, acreditem que não por falta de vontade. Mas, acima de tudo, por falta de tempo e pelos vistos de jeito. Uma coisa não posso negar sou fiel ao meu estilo... não se esqueçam do vídeo...

Terão sido as palavras? Não, é do calor... abrasador
Foram as lágrimas? Não, foi vento... quente
Será por causa das dores? Não, é pelo barulho... da ventoinha

Seja porque for não durmo.
Não durmo, mas sinto... Sinto aquele aperto no peito... Aquele que há muito não sentia...
O gosto das lágrimas salgadas, que me é tão familiar. Acabo por gostar de ainda me lembrar como sabem... Afinal nem todas as memórias são esquecidas.

O que fazer? Nada.
Até porque não me apetece fazer nada. Não fazer nada!
Ficar nesta apatia para sempre. Nunca mais me mexer, ociosa, indolente, inerte, negligente, como que morta.
Mas viva... Viva porque sinto. Sinto a dor, sinto o calor, sinto as lágrimas a escorrerem-me na cara... salgadas... quentes.

É do calor!
Será?