sábado, 19 de dezembro de 2009

Como se não houvesse amanhã...

É triste... Mas é verdade... Hoje que me fazia bem uma companhia todos os meus amigos se estão a baldar... Uns estão com as namoradas (os), outros dizem que está frio e vão ficar em casa a jogar playstation, outros ainda que dormem (a esta hora)... O único convite que tive foi para sair à noite, com este frio, não me apetece muito... apetecia-me que nos juntássemos como de costume, bebêssemos uns copos, jogássemos Buzz em casa, na minha ou noutra... Mas fugindo ao frio da noite...

Isto só pode ser castigo por todo o mal que eu faço e digo...

Bom acho que vou beber os copos sozinha (que é como me sinto, sozinha), enroscar-me no sofá e ver O Sexo e a Cidade como se não houvesse amanhã...

You are so neurotic...

Cada vez mais neurótica e menos psicótica...

O que é bom... a neurótica consegue reconhecer que não está bem, mesmo que a maior parte das vezes se sinta impotente perante a sua neurose...

A neurótica percepciona que não pode continuar assim e que tem de reagir, tem de fazer algo para acalmar a sua neurose, antes que ela domine por completo a sua personalidade (se é que não aconteceu já)...

A neurótica consegue (ainda que mal) relacionar-se com o mundo que a rodeia, interagir, pensar, sentir... Será que ainda conseguirá reagir?


...

Apetece-me...

... morrer por, pelo menos, duas semanas... Talvez morrer não seja o termo mais adequado é certo, talvez devesse usar "hibernar"

... desaparecer da face da terra... voar para um universo longínquo...

... conhecer coisas estranhas e achar normal...

... Não falar, não ouvir, não ver, não sentir...

Apetece-me não me apetecer!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Eu gostava...


... de poder dar mais umas horinhas ao dia...

Assim tinha tempo para fazer tudo o que quero fazer quando chego a casa e não posso porque tenho de ir para a cama... Assim talvez o meu namorado não estivesse tão ocupado e conseguissemos ter o tempo das pazes...

Mas como o relógio não pára... Não há tempo para lamechices...
tic tac tic tac

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Nearly unnoticed...


She is lonely
Even though you can't tell
She is reaching out
For what, she doesn't know
She will continue to sit in silence
And hope that someone may stumble across
Her and all of her emptiness
But they only hope that they do it in time
Otherwise she will have drifted too far
And she may let go
Of whatever grasp of the world she has
As she slowly fades out of the lives of everyone
Nearly unnoticed.


Nearly Unnoticed by Reese
(Thank you Reese, i couldn't find better words to put it)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Estava aqui a pensar...

Estava aqui a pensar o quão spammer hoje estou do meu próprio blog, entre outras coisas...

Quase sempre que ouvi a expressão "dar um tempo" achei que seria uma terrivel parvoice... mas hoje não sei se penso assim.

Ora vamos analisar o que é "dar um tempo"... Ignorar a outra pessoa, fazer o que nos apetece sem nos preocuparmos com os sentimentos dos outros com a desculpa de que precisamos de por a cabeça no lugar?

Há quem diga que as pessoas que precisam de "dar um tempo" não têem coragem de dizer: ACABOU!

Há quem diga que é necessário para ver a reacção da outra pessoa, para ver se as saudades batem, para repensar a relação e ter a certeza que vale mesmo a pena.

Pelos vistos a minha relação já está a "dar um tempo" há demasiado tempo...

E eu como é que eu dou um tempo a mim mesma?

Here i am...

Aqui estou eu à deriva nesta obscuridade.
À procura das palavras certas neste turbilhão de pensamentos. E não as encontro.
Às vezes pergunto-me para que serve um blog quando não há nada original para cá escrever?
Para que serve um blog se quando nos apetece escrever as ideias não fluem?
Para que serve um blog se quando temos ideias estamos demasiado cansados?
Pelos vistos serve precisamente para isto.
Não escrever nada de jeito, nada que interesse quando nos apetece. Para mostrar ao mundo o quão vazios somos.


Thats the question...

To jump or not to jump, that is the question.

Elas voltaram...

Há dois dias que me acompanham...
Quando menos espero elas vêem e surpreendem-me...
Seguem-me para toda a parte...
Aparecem sem ser convidadas e insistem em ficar por perto, mesmo contra a minha vontade...
Afinal estava enganada...
Ainda haviam mais lágrimas para chorar...

Pessoa...

(Hoje deu-me para isto... mas pelo menos foram escolhidas a dedo)

"Despreza tudo, mas de modo que o desprezar te não incomode. Não te julgues superior ao desprezares. A arte do desprezo nobre está nisso."


"Precisar de dominar os outros é precisar dos outros. O chefe é um dependente.
"

"Amar é cansar-se de estar só: é uma covardia portanto, e uma traição a nós próprios (importa soberanamente que não amemos).
"

"Possuir é perder. Sentir sem possuir é guardar, porque é extrair de uma coisa a sua essência.
"

"Nunca sabemos quando somos sinceros. Talvez nunca o sejamos. E mesmo que sejamos sinceros hoje, amanhã podemos sê-lo por coisa contrária.
"

"Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errónea fé
O ontem que a dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.
"


"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?
"

"Eu sou aquilo que perdi."


"É talvez o último dia da minha vida.

Saudei o sol, levantando a mão direita,
Mas não o saudei, dizendo-lhe adeus,
Fiz sinal de gostar de o ver antes: mais nada."

Fernando Pessoa

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

The end is near (aka Verdadeiro valor)

Dizem que as pessoas só dão o verdadeiro valor às coisas quando as perdem...

Será que quando me perder me vai dar o verdadeiro valor?



Ali, deitada...

Enquanto ouvia aquelas palavras àsperas do outro lado da linha. aqueles sons estridentes que lhe perfuravam os timpanos como flechas lançadas a toda a velocidade. O telefone escorregou-lhe das mãos... Os seus olhos irromperam em lágrimas. Convulsões, vómitos... Deitada, imóvel, na pedra fria... Não conseguia articular um pensamento quanto mais uma palavra... A cabeça latejava, o coração pulava, a garganta ardia, o estomago contorcia-se, tal como ela... Ali, deitada... Passaram horas e horas até que conseguisse abrir os olhos novamente, via tudo enevoado... E quase como que num zumbido ouvia o seu nome. Quando finalmente conseguiu focar-se, adaptar os seus olhos a tanta claridade viu... Tudo estava exactamente na mesma.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Domingo ao fim da tarde...

Domingo ao fim da tarde... a preguiça é muita... decidi ficar em casa o dia todo para descansar, ver filmes, jogar, twittar, whatever... enfim... fazer o que me apetecesse.
Chego à conclusão que uma pessoa pode aborrecer-se por não conseguir decidir o que fazer ou melhor por ter tanta coisa para fazer e ficar completamente indecisa lol
Tão depressa quero jogar um jogo no computador como a seguir já quero ir para o sofá ver um filme, mas depois lembro-me que me inscrevi no torneio de poker e que o Benfica começa às 20:15.
Esta vida de não fazer nada é uma canseira...
E assim sendo aqui fica uma musica para animar a vossa ronha ;)


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Quantas vezes?

Quantas vezes preciso repetir a mesma coisa?
Quantas?

Eu já disse que não gosto de restos...
Não estou para ficar aqui a consumir-me para depois levar com os restos dos outros...

Ter alguma coisa só quando não há mais nada mais interessante nem outro alguém mais importante...

Quantas vezes preciso repetir a mesma coisa?
Quantas?

Eu não gosto de restos!
Eu não quero restos!

Eu não vou ficar com os restos!!!!!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Nada...

Um fim de semana inteiro à espera...
Uma ligeira ansiedade, um pequeno esforço...
À espera que finalmente chegasse segunda-feira...
Segunda de manhã visto uma roupa bem nova e bem gira. Para quê?
Para me preparar para mais uma desilusão...
Um fim de semana inteiro à espera... de... nada!




Share my life,
Take me for what I am.
'Cause I'll never change
All my colors for you.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Crueldade ou ignorância?

Há alguns dias que "acompanhava" a saga dos 6000 camelos selvagens que todas as noites invadiam a pequena localidade de Docker River à procura de água. E segundo os vários orgãos de comunicação social espalhavam o terror na cidade, causando grandes danos em coisas como condutas de ar condicionado... Esta situação deve-se à grande seca que afecta aquela região.

Pelos vistos ontem foram abatidos a tiro pelas autoridades australianas...

Segundo o GreenPeace a questão era facilmente resolvida com uma vedação...

Eu não sei se o GreenPeace tem razão mas não haveriam outras formas de resolver isto?

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Perfume discreto

"He succeeded in being considered totally uninteresting. People left him alone. And that was all he wanted."

Patrick Suskind - Perfume: The story of a murderer


Há tantos dias em que me revejo nesta frase. Se passarmos despercebidos podemos fazer as coisas à nossa maneira sem sermos importunados. Se não derem por nós não nos chateiam...

Não quer dizer que me considere uma pessoa pouco interessante, pelo contrário (e modéstia à parte). Mas é bom podermos fazer as coisas que queremos, pensar o que queremos, ter as nossas opiniões e ninguém dar por nós... Sermos... discretos...

Outros dias há em que apenas quero ser notada, dar nas vistas, falada, comentada, até invejada... mesmo que com isso as pessoas acabem por se intrometer e, também elas, darem opiniões, muitas vezes, despropositadas e desnecessárias...

A maior parte do tempo considero-me no meio termo. Quero ser invisível para o mundo e notada por quem me é demasiado importante para conseguir ignorar...


terça-feira, 24 de novembro de 2009

Gostar demais...

Desde que o meu namorado me disse que não tinha medo que eu acabasse com ele porque sabe que eu gosto demasiado dele fiquei a pensar... Apesar de não ser necessariamente verdade, apesar de sofrer bastante eu seria capaz de acabar se houvesse um motivo suficientemente forte para tal. (Está a sair-me cá um convencido o rapaz lol)
Mas esta afirmação deu-me que pensar...
Pensei, pensei e pensei...
Quando é que gostar é demais? Gostar demais é bom? É mau?
Como é que percebemos que chegámos àquela fase em que estamos a gostar tanto que acabamos por sufocar e matar aquilo que gostamos? Isso acontece a toda a gente? Não! Porquê?
Porque há pessoas que nem sequer têm a capacidade de gostar, de amar, de partilhar sentimentos?
As pessoas que o conseguem fazer têm formas diferentes de abordar esse sentimento. Eu sinto demais. E então?
Antes sentir demais do que estar morta e a definhar por dentro!

E para quem nunca tenha experimentado... É tão bom gostar demais... Pelo menos quando as coisas correm bem... até as saudades chegam a ser boas... claro que no meu caso, eu tenho tendência a estragar tudo com os meus acessos de fúria... mas isso já será uma história para outro dia... E gostar demais é tão mau... Quando as coisas correm mal...


P.S. I Love You :)

domingo, 22 de novembro de 2009

...

Deixa-me entrar

Sempre que venho para casa tenho de entrar no prédio e subir para o meu andar. Para uma pessoa de rotinas não há nada mais rotineiro do que isto. Chegar à rua. Estacionar o carro, de preferência, naquele lugar que mais gostamos. Procurar as chaves. Passar vergonhas, nos dias em que é necessário retirar todo o conteúdo da mala para as encontrar encontrar. Abrir a porta, subir as escadas ou esperar pelo elevador. Abrir a porta e... finalmente... ENTRAR!
Entrar no nosso mundo. Os nosso domínios. aqueles que não sofrem influências externas, de estranhos ou menos estranhos. As coisas que deixámos vão estar exactamente como as deixámos, a não ser que se tenha dado o furacão "mãe" ou "empregada doméstica". Ali onde nos sentimos bem.
Mas se pensarmos bem não é tão rotineiro assim. Todos os dias em que opto por subir a pé pelas escadas em vez de apanhar o elevador consigo descobrir um sentimento diferente. Consigo definir todo esse dia pelos pensamentos e sentimentos que afloram o meu cérebro à medida que subo aqueles degraus e me indago se o sensor da luz está a funcionar e se ela vai acender ou não. As histórias que consigo imaginar ao subir aquelas escadas, naqueles breves instantes.
Costumo dizer que não tenho imaginação, o que na maioria do tempo corresponde à verdade. Mas estas escadas permitem-me pensar que para ter imaginação basta dar-lhe asas. E devo dizer que estas escadas já me proporcionaram verdadeiros momentos de terror dignos de um grande filme... Pena achar que só o são naquele momento em que são imaginadas, quando parecem passar numa tela à frente do meus olhos. São sentimentos, emoções... coisas que dificilmente conseguiria transmitir com a minha pseudo-escrita. Apenas me permito imaginá-las antes de entrar em casa.

sábado, 26 de setembro de 2009

Diva

Acreditem ou não sempre adorei esta opera, a minha parte favorita do filme sem sombra de duvida. Até já tive a parte final como toque no telemóvel.
Por agora vou fechar os olhos e esquecer que o resto do mundo está lá fora...

domingo, 20 de setembro de 2009

Manhã de Domingo...

A ver os Simpsons na Fox e...


Com uma preguiça descomunal e sem vontade de escrever... aliás vontade só tenho de não fazer nada :)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

What a wonderful world

Estou demasiado cansada para conseguir escrever alguma coisa que faça sentido.

Fica aqui um vídeo de uma musica que me recorda sempre que são as coisas pequenas, que achamos insignificantes, que nos lembram como o mundo é maravilhoso. Muitas vezes são as coisas em que nem reparamos que nos dizem que temos tudo para sermos felizes.

sábado, 5 de setembro de 2009

Chegou o dia

E quando menos se espera chega aquele dia em que tudo começa a fazer sentido.
Aquele dia em que todas as nossas dúvidas se dissipam. Quando sabemos exactamente o que queremos e para onde vamos. Já não se trata, apenas, de saber o que não se quer mas de traçar objectivos, de definir projectos, de ser livre, de ser feliz.
Trata-se de ter uma vida.
Quando menos se espera as coisas vêem-se de outra perspectiva e fica tudo mais claro. Finalmente percebe-se que a estrada sinuosa nos estava a levar pelo caminho errado mas que ainda vamos a tempo de fazer inversão de marcha. Mesmo com todos os obstáculos, mesmo com as amarras que nos prendem, mesmo com as mentes que nos manipulam e nos indicam o caminho errado.
Finalmente vemos a luz lá ao fundo e chegamos à conclusão que não vale a pena desistir.
Por mais sinuosa que a estrada seja irá sempre levar-nos ao nosso pequeno oásis privado, desde que escolhamos o caminho certo. Só temos de acreditar que somos capazes. Se nos enganarmos outra vez não há problema, podemos sempre voltar atrás e começar de novo.

Foi o que eu fiz!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Prestes a desistir...

Sinto-me cansada, sem forças, incompreendida, sozinha... prestes a desistir. Estou a entregar os pontos, nada do que faço parece funcionar como é suposto.
Sinto-me tão cansada que ainda estou para descobrir como consegui levantar-me e ir trabalhar hoje. Só eu sei o quanto me custou aguentar-me as horas necessárias para deixar o trabalho feito.
Se me sinto desapoiada? Sinto. Porquê? Porque, finalmente, cheguei à conclusão de que as outras pessoas não têm de estar sempre a levar com os meus filmes. Desta vez vou aguentar tudo sozinha, pensei...
Pensei... eu sou forte e não preciso da ajuda de ninguém... Com o tempo tenho-me tornado mais forte mas, provavelmente, não o suficiente...
Tenho desenvolvido grandes capacidades na arte de me mascarar. Aparentemente, todos os meus amigos acham que me sinto maravilhosamente...
Nem chorei desta vez!
Não choro, o que não quer dizer que não sinta... Que não sinta vontade de chorar, que não sinta vontade de me fechar e não ver ninguém.
E sei que estou mais forte porque tenho conseguido. tenho conseguido não chorar... tenho conseguido estar com pessoas, sair e fingir que estou super divertida. Afinal, não tenho de estar sempre com cara de mona a preocupar as pessoas que me rodeiam e estragar-lhes a noite. Afinal, os outros não têm culpa.
Para mim está a ser complicado... talvez daí todo este cansaço. Não consigo concentrar-me, trabalhar e muito menos escrever. Eu tento!
Se tento...Quando venho, no carro, a caminho de casa tenho uma ideia e penso - isto se calhar até dava um post...
Mas quando me sento à frente do computador... além de não ter vontade, as palavras não fluem.
Começo por escrever a frase que dará o mote ao post, como sempre fiz e da mesma forma que hoje escrevi "Prestes a desistir", mas depois nada. Não sai nada! Se não tenho postado textos originais é porque estes não seriam mais do que:
- Será que mereço?
- De quem é a culpa...
- Os casais que discutem menos amam-se mais?
E uma panóplia de outras frases ou ideias soltas.
Hoje comecei a escrever mas será só mais um post de merda, sem qualquer intensidade, pouco conteúdo e muito menos sentido. Será que estou vazia?

sábado, 29 de agosto de 2009

Sabe bem...

Talvez amanhã um post escrito por mim, por agora fica uma música que vale pelo que me tocou e não só ;)

Sabe bem ter-te por perto
Sabe bem tudo tão certo
Sabe bem quando te espero
Sabe bem beber quem quero

Quase que não chegava a tempo de me deliciar
Quase que não chegava a horas de te abraçar
Quase que não recebia a prenda prometida
Quase que não devia existir tal companhia

Não me lembras o céu nem nada que se pareça
Não me lembras a lua nem nada que se escureça
Se um dia me sinto nua tomara que a terra estremeça
Que a minha boca na tua eu confesso não sai da cabeça

Se um beijo é quase perfeito perdido num rio sem leito
Que dirá se o tempo nos der o tempo a que temos direito
Se um dia um anjo fizer a seta bater-te no peito
Se um dia o diabo quiser faremos o crime perfeito


Donna Maria - Quase Perfeito

terça-feira, 25 de agosto de 2009

By your side

You think I'd leave your side baby
You know me better than that
You think I'd leave you down when you're down on your knees
I wouldn't do that

I'll tell you you're right when you want
And if only you could see into me

Oh when you're cold, I'll be there
Hold you tight to me

When you're on the outside baby and you can't get in
I will show you, you're so much better than you know
When you're lost and you're alone and you cant get back again
I will find you darling and I will bring you home

And if you want to cry
I am here to dry your eyes
And in no time, you'll be fine

You think I'd leave your side baby
You know me better than that
You think id leave you down when you're down on your knees
I wouldn't do that

I'll tell you you're right when you want
And if only you could see into me

Oh when you're cold, I'll be there
Hold you tight to me
Oh when you're low
I'll be there by your side baby

Oh when you're cold, I'll be there
Hold you tight to me
Oh when you're low
I'll be there by your side baby

By your side - Sade


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Erros meus, má fortuna, amor ardente

Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que pera mim bastava amor somente.

Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.

Errei todo o discurso de meus anos;
Dei causa [a] que a Fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças.

De amor não vi senão breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!

Luís de Camões

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Estado Sem...

Já tinha ouvido falar em estado Zen mas ultimamente eu tenho estado mais sem...
... força
... vontade
... inspiração
... nada.

Por isso defini-me como em estado Sem...

Ontem consegui bater o meu record de não fazer nada. Hoje dei por mim a pensar como é possível ter passado um domingo inteiro sem fazer absolutamente nada? E quando "digo" nada, é mesmo nada, absolutamente nada. Olhar para a televisão sem ver. Fechar os olhos sem dormir. Teclar sem escrever. Comer. Comer. Comer. Senti-me dominada por uma apatia, uma urgência de não fazer nada. Não dar cavaco a ninguém. Até deixei os amigos pendurados sem avisar e para quê? Nada de nada!

domingo, 19 de julho de 2009

Quero tudo!

Quero sorrir, brincar, estar com os amigos, dar gargalhadas, ver filmes enroscadinha no sofá, comer pipocas, jogar poker, ver séries, ver futebol, beber cerveja e comer caracóis, spammar facebooks, mandar milhares de sms, tirar fotografias, andar de avião, andar de barco, andar de montanha russa, escrever num blog, falar no messenger, ter animais, ir à praia, ir ao campo, ir a Nova York, à Jamaica, a Amsterdam e Londres, correr, saltar, pular, mergulhar, ir ao cinema, falar, ouvir, discutir, argumentar, trabalhar, mimar, ser mimada, dormir muito, fazer directas, gravar filmes, mandar mms parvas, não fazer nada e muito mais. Quero viver!

Quero tudo!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

De manhã...

... Custa a acordar mas já se bebe café, não há corridas para a casa de banho e ainda há tempo para escrever :)

Relembro as férias em Madrid que daqui a um tempo serão recordadas como uma boas férias, neste momento só consigo pensar que não deveria ter ido face aos acontecimentos posteriores. Mas nunca se sabe, podia não ter ido e ter sido ainda pior, por isso há que aproveitar os (poucos) bons momentos da vida, todas as experiências que nos enriquecem...

Uma experiência bastante enriquecedora foi andar na pior montanha russa (pior de mais forte e assustadora entenda-se, logo poderá ser considerada a melhor) que tinha andado até hoje (Stunt Fall no parque Warner) e ter demorado cerca de 30 minutos a recuperar a compostura... E eu que sou uma pessoa que gosta de montanhas russas e se no próprio dia não voltava a andar naquela, devo dizer que hoje de manhã me aventurava novamente. Nem que fosse para acordar a sério, qual café qual quê!


A pior parte é mesmo quando pensamos que já vai acabar (já sofremos tudo que havia para sofrer) fazemos a mesma coisa de marcha atrás :P

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Apetecia-me

Apetecia-me escrever qualquer coisa mas ao mesmo tempo não me apetece. Estou cansada. Quero comer qualquer coisa, mas a cozinha está tão longe. (sim já sei, já me levanto...) Apetecia-me tanto, tantas coisas... Mas vou só fechar os olhos e dormir (depois de comer, claro). Não sem antes.. pedir desculpa de uma maneira diferente (original) diariamente... mais uma vez. Algures no tempo me esqueci desta penitência diária... foram os algures no tempo em que fui perdoada e depois meti a pata na poça novamente... enfim. (no comments).



O mais original que a minha imaginação consegue imaginar hoje...

Sem palavras...

E quando ficamos sem palavras? (É assim que fico quando ouço esta musica)

The words have been drained from this pencil
Sweet words that I want to give you
And I can't sleep
I need to tell you
Goodnight


domingo, 12 de julho de 2009

Só mais uma chavena de café...

Acorda de sobressalto, a cabeça pesada, espera até que se aperceba onde está, apetece-lhe um café. Demora até que a vista fique menos turva e consiga levantar-se. Cambaleia até à cozinha, liga a máquina para fazer o café, já imagina o cheiro do café acabadinho da fazer, vai-lhe saber tão bem. De repente tudo muda, um outro cheiro forte, agressivo entra pelas suas narinas a dentro. Não aguento, pensa. Corre a cambalear para a casa de banho, vomita. Não tem nada no estômago além da água com que o tem enchido nas ultimas horas. O que já é bom, pelo menos não vomita em seco. Agora dói-lhe a cabeça e o café já não apetece assim tanto. O cheirinho a café acabado de fazer não lhe parece assim tão apetitoso. Dói-lhe a cabeça... o melhor é voltar para a cama... quando acordar pode ser que as coisas sejam diferentes... ela só queria mais uma chávena de café...

Desiste...

Olha para o relogio enquanto esfrega os olhos acabada de acordar. O suor tolda-lhe a face, ainda não é muito tarde... pensa. Mas tarde demais para tudo o que imaginou. Volta-se para o lado e tenta dormir, mas como é óbvio, não consegue. Acende mais um cigarro na esperança que a acalme e lhe dê uma luz. Nada. Não sabe o que fazer. Pior, não sabe o que pensar. O seu coração grita espera... A sua cabeça desiste...

sábado, 11 de julho de 2009

So me...



Tão, mas tão eu. Reconheci-me tanto nesta tira. Será que todas as mulheres (ou todas as pessoas) são assim? Não me parece... :D

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O verdadeiro amor

Hoje de manhã bateram-me à porta. Era uma senhora já com uma certa idade, muito simpática e que questionou se faltava muito para o 6º andar. Eu moro no 3º e disse à senhora que ainda tinha de subir mais três andares para chegar ao piso que pretendia. A senhora responde-me: Mas o sexto é depois do oitavo? Surpreendeu-me o facto de como me afectou o grau de confusão desta senhora, rezando para que a sua confusão se resumisse a não saber ler e o botão 6 no elevador estar virado ao contrário e parecer um 9, lá lhe indiquei qual era o botão em que tinha de carregar para chegar ao sexto andar e voltei para casa. Mas não conseguia parar de pensar será que deveria ter acompanhado a senhora até ao seu destino, será que a sua confusão eram mesmo só os botões trocados no elevador ou será que era algo mais grave? Depois não consegui deixar de pensar o quão horrivel deve ser estar naquela situação. Senti-me bastante mal com tudo isto e lembrei-me de uma história que li há algum tempo sobre o verdadeiro amor (penso que de um livro chamado Além do que se ouve):

"Conta-se que um senhor idoso chegou a um consultório médico para fazer um curativo em sua mão, que apresentava um corte profundo. Demonstrando estar muito apressado, solicitou urgência no atendimento, pois tinha um compromisso.

O médico que o atendia, curioso, perguntou ao paciente o que tinha de tão urgente para fazer. O simpático velhinho disse-lhe que todas as tardes visita sua esposa que estava em um abrigo para idosos, com mal de Alzheimer em estágio muito avançado.
O médico, muito preocupado com o atraso no atendimento disse:
- Então hoje ela ficará muito preocupada com sua demora?
Ao que o senhor respondeu:
- Não, ela já não sabe quem eu sou. Há quase cinco anos não me reconhece mais.
Então o médico questionou aquele ancião:
- Mas então porque a necessidade de estar com ela todas as manhãs, se ela já não o reconhece mais?
O velhinho deu um sorriso sereno e, batendo de leve no ombro do médico, respondeu:
- Ela não sabe quem sou. Mas eu sei muito bem quem ela é!
O médico teve de segurar suas lágrimas enquanto pensava…
…É esse o tipo de amor que quero para minha vida.

O verdadeiro amor não se resume ao físico, nem ao romântico. O verdadeiro amor é a aceitação de tudo o que o outro é…

De tudo que foi um dia… Do que será amanhã… E do que já não é mais!"

Afortunados aqueles que encontrarem um amor assim na sua vida. Que em todos os momentos lhe dê a mão e diga, estou aqui. Estou contigo...

Duvidas

Tantas palavras por dizer, tantas emoções por partilhar, tantas aventuras por contar, tantos abraços por dar, tanto carinho por receber. Pego no telefone. Ligo? Não, não ligo! Provavelmente nem vai atender. Começo a escrever uma mensagem, mas não quero incomodar. É melhor não o fazer! Até porque não quero mais desilusões. É frustrante quando estas coisas acontecem. Querer falar com alguém e não poder, querer contar aquelas coisinhas banais que de tão insignificantes quase não interessam mas ao mesmo tempo são engraçadas o suficiente para querermos partilhá-las com alguém. Querer partilhar uma alegria, uma tristeza ou simplesmente saber como o outro está. Ligar e dizer Olá, não tenho nada para dizer só queria ouvir a tua voz. Poder dizer que as saudades apertam o coração. Querer pedir desculpas. Querer mostrar o que é realmente importante e sentirmo-nos impotentes. Quero partilhar os meus sentimentos, a minha vida pego novamente no telefone mas depois lembro-me, não, vais-lhe contar isso porquê? Vocês já não estão juntos, ele provavelmente nem quer saber. É chocante estarmos habituados a pensar numa pessoa, partilhar a nossa vida e quando tudo muda? Quando, por algum motivo, essa pessoa já não está lá? E quando não conseguimos? Quando não aguentamos mais, o que fazemos?

Na noite...

Olhava-se no espelho, estava pálida. Já tinha repetido mentalmente aquele discurso vezes sem conta e continuava com a certeza de que desta vez ia conseguir. Desta vez ia conseguir dizer tudo o que lhe ia na alma, dizer tudo o que sentia. Expressar-se de forma perceptível, que não deixasse margem para duvidas.
Enquanto saia de casa e entrava no carro, preparava-se mentalmente para o que se iria passar. Mas nada a conseguiria preparar para o que aí vinha. Nada!
Não conseguia articular palavras coerentes, todas as frases objectivas que expressavam os seus sentimentos e desejos foram esquecidas. O choro e o vómito premente era só nisso que pensava, tinha de se controlar. Chorar ainda vá, mas vomitar nunca. Usou de todo o auto controlo que possuía mas não foi suficiente, o seu estômago foi mais teimoso. Não conseguia respirar, não sentia as pernas. Não sabia o que fazer. Quando tudo passou, uma coisa ficou. Acabou...

Ainda não consegue acreditar mas agora que a saudade é mais forte anseia por um abraço, um doce acalmar desta maré de duvidas e desconfianças. E na noite procura um sinal...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Naquela noite...

Enquanto os amigos se divertiam a ouvir musica e a admirar as luzes azuis do carro, ela sentia uma urgência de sair dali. Queria ir-se embora, naquele dia sentia que não pertencia ali. As conversas, os risos, nada fazia sentido na cabeça dela. Só queria sair dali.
Eles não se apercebiam de nada e continuavam a admirar o tunning... Queriam levá-la a casa, mas ela só queria sair dali. Sair, correr, fugir. Eles insistiam mas na primeira oportunidade que teve foi-se embora sozinha.

Estava escuro como breu, mal conseguia ver o caminho para casa. A lua cheia lá no alto tentava dar alguma claridade ao caminho sinuoso que calcorreava por entre as árvores. Sem saber porquê começou a ficar amedrontada.
Já tinha feito aquele caminho vezes sem conta, tantas noites andara sozinha por ali e nunca tinha reparado naqueles barulhos estranhos. O bater das chapas de metal do armazém pré fabricado, o uivar do vento, o ranger das árvores, parecia-lhe tudo tão estranho.

Seria o caminho que estava diferente ou ela? Tendo em conta os acontecimentos da noite, o não conseguir enquadrar-se com os amigos, o desespero em querer desaparecer e estar sozinha, se calhar era mesmo o caminho que estava diferente. Ela continuava igual a si mesma, estranha, desenquadrada, com pressa de não chegar a lado nenhum.
Mas naquela noite algo estava diferente. E ela tinha medo. Cada vez andava mais rápido, mais rápido.

Ao chegar à entrada do prédio já corria e olhava para trás desconfiada. Mas, como é óbvio, não vinha ninguém atrás dela. Não havia vivalma naquela rua que continuava sombria e assustadora. Tudo lhe parecia diferente, naquela noite. Enquanto lutava com a fechadura para conseguir abrir a porta a sua respiração tornava-se cada vez mais ofegante, hiperventilava, não percebia porquê.
Só queria entrar e não conseguia. A porta não abria e ela já se sentia sem forças, completamente impotente, tremia.
Só queria entrar, só queria sentir-se novamente em segurança. Só queria voltar a sentir aquele abraço forte que lhe tirava todos os medos. O que tinha mudado naquela noite?

Alguns minutos depois, já estava cega pelo terror de, talvez, nunca conseguir entrar e finalmente a porta abriu-se. Entrou no prédio a correr, subiu os vários lanços de escadas a correr mais, cada vez corria mais, cada vez mais ofegante. Queria voltar a sentir-se segura, não queria sentir medo.
Medo nem sabia do quê, mas sentia que algo estava diferente. Naquela noite tudo mudou. Quase caia enquanto corria escada acima, parecia que o seu piso nunca mais chegava, parecia que as escadas eram cada vez mais e os degraus cada vez maiores. Pelo menos já não estava escuro, já não havia barulho. Os únicos barulhos que conseguia ouvir eram os seus passos atabalhoados escada acima.

Finalmente chegou ao seu andar, chave na mão... mais uma luta com a fechadura. Desta vez foi mais fácil, já não tremia. Entrou em casa e a correr fechou todas as janelas e estores. Precipitou-se para a cama, agarrou a almofada com toda a força que ainda lhe restava, apagou a luz, fechou os olhos e dormiu na escuridão do silêncio.

Mesmo sem perceber, algo tinha mudado naquela noite. E não eram os amigos, o vento, as árvores, a rua, a lua. Era apenas ela...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Nota da Autora

Nota da Autora

Apenas para descansar as pessoas que não conhecem o meu tipo de escrita e seguem o blog há pouco tempo. Eu não me vou suicidar. Se lerem o ultimo post com atenção podem ver que o mesmo é uma forma um tanto ou quanto alternativa de dizer não ao suicídio...

"Morrer a rir, morrer de amores, morrer de surpresa. Matarmo-nos a trabalhar, matar o tempo. Afogarmo-nos em lágrimas, em vodka ou cerveja. Matar de paixão e morrer assim mesmo. Estas são as melhores maneiras de cometer o suicido."

Pelos vistos tenho de fazer uma advertência que para os leitores mais antigos deste blog não foi necessária: muitas das coisas que aqui são escritas são ficção ou sentimentos levados ao exagero, afinal é isso que as pessoas gostam de ler. Não levem literalmente tudo à letra... Ou serei eu um fantasma? Tenho um post chamado Hoje morri... Tenho vários posts que falam sobre o suicidio, um deles dedicado ao Kurt Cobain por exemplo que podem ler aqui (é a neurose recomendada). Mas surpresa: Im still alive (and kickin) :P

Outra coisa que gostaria de pedir é que sempre que tenham duvidas podem questionar-me directamente, quer comentando no blog, via twiter, mail ou msn (estes ultimos para os afortunados que têm os meus endereços lol).
Que me lembre nunca deixei de responder a um comentário ou uma questão que me tenha sido colocada.
Sou eu que escrevo e serei a pessoa mais indicada para vos tirar todas as duvidas que tenham. Nao se acanhem lol

Se pretendem continuar a seguir este blog é melhor que se habituem ao meu tipo de escrita violento. A ideia é chocar, aparentemente consigo :D

Beijinhos

Em vias de extinção...

Numa mente depressiva o suicídio é um pensamento que se torna recorrente nas fases criticas.

Quando além de pensar em fazê-lo se começa a pensar no acto em si é bem mais preocupante. Qual a melhor maneira, tem de ser definitiva e não uma daquelas coisas que não funciona e apenas serve para que digam "não se queria suicidar era apenas uma chamada de atenção".

Qual a melhor altura, deve deixar-se uma carta? Nesta fase os motivos já não interessam pois a decisão já está tomada, mas era aqui que se devia novamente pensar se os motivos são mesmo válidos.
Se uma pessoa decide matar-se, e como eu sempre disse é egoísta e corajosa a esse ponto, os motivos deverão ser dela e apenas dela. Isto é uma coisa que requer perder muito tempo a ponderar, a minha sugestão é primeiro que tudo excluir todos os motivos externos e de seguida fazer uma lista de prós e contras. O motivos externos não devem ser tidos em conta, afinal se uma pessoa se vai matar, deve ser por si só e não pelas atitudes dos outros.
Só depois de se saber se realmente os motivos que levam a esses pensamentos são válidos para cometer a cobardia de deixar os nossos problemas para os outros resolverem é que se deve voltar a pensar nos preparativos.
Sim, porque um acto que requer tanta coragem para que seja cometido é, também, o acto mais cobarde do planeta. No fundo é admitir que não temos capacidade para lidar e resolver os nossos problemas e preferimos fugir. Mas se não os conseguimos resolver sozinhos que tal pedir ajuda?
Pedir ajuda pode não ser um motivo de orgulho mas saber quando precisamos de ajuda não é vergonha nenhuma. Depois corremos o risco de não recorrermos à pessoa certa, é bem verdade. Pedirmos ajuda a quem se está a borrifar e não quer saber se o fazemos ou não, daí o meu conselho ser pedir ajuda a um profissional. Claro que os amigos e a família, para quem os tenha, irão tentar ajudar mas não estão treinados para lidar com este tipo de situações.

Existem muitos motivos que podem fazer com que a ideia de suicídio passe na nossa cabeça mas serão válidos? O que será assim tão mau, sem remédio que nos faça assassinarmo-nos a nós próprios? Se não concebemos a ideia de tirar a vida a outro ser humano porque pensamos em tirar a nossa própria vida?

Na minha busca incessante por informação (queda livre, tiro ou veneno, eram na minha opinião as melhores maneiras) cheguei à conclusão que existem inúmeras formas de nos matarmos e nas quais não pensamos tanto.
Morrer a rir, morrer de amores, morrer de surpresa. Matarmo-nos a trabalhar, matar o tempo. Afogarmo-nos em lágrimas, em vodka ou cerveja. Matar de paixão e morrer assim mesmo. Estas são as melhores maneiras de cometer o suicido.

Afinal eu sou uma espécie em vias de extinção e por isso devo proteger-me como faço com os tigres, os pandas, os linces, os lobos, etc... Eu sou única, não poderei ser responsável pela minha extinção. Pelo menos não para já.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Deus, meu Deus...

Deus, meu Deus...

Porque me fizeste assim?
Quando me transformaste neste monstro? Incapaz de sentir como o comum dos mortais...
Porque me fazes isto?
Porque me deixas viver assim?

Faz-me puta, faz-me cabra mas não me faças fraca ou pobre de espírito.
Para viver assim nesta dor mais vale fulminares-me de uma vez.

Alimenta-me. Embala-me, deixa-me dormir. Pode ser para sempre, qualquer coisa é melhor que isto.

Já não suporto as dores, não aguento este latejar constante na minha cabeça, este zumbido nos meus ouvidos por não dormir.
Deixa-me dormir.

Já não suporto estas dores no estômago, esta tremura constante pela falta de nutrição.
Deixa-me comer.

Deus, meu Deus...
Leva-me contigo e leva estes horrores ou baixa-me ao mais profundo dos infernos, seja quente, seja frio. Mas acaba com este sofrimento, este inferno na terra, este inferno na minha cabeça, este inferno no meu corpo.

Sê misericordioso, tem piedade de mim. Perdoa as minhas ofensas que eu já perdoei a quem me tem ofendido. Não me deixes cair em mais tentações e do mal, livra-me para sempre.

Tem misericórdia. Acaba com a minha dor de uma vez por todas.
Leva o ultimo sopro de vida deste corpo inerte, desta mente decadente.

Deus, meu Deus...
Ouve as minhas preces.

Não...

Não como.
Não durmo.
Não sinto.
Não vivo.

Sobrevivo porque respiro.
Definho porque amo.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Tarde demais...

"Espero que sejas feliz..." era o que dizia o cartão vermelho escrito com letras douradas que repousava calma e serenamente junto à poça de sangue e aos miolos espalhados pelo chão e pelas paredes.

Escrito segundos antes dela desfazer o seu crânio com aquele tiro estrondoso que acordara toda a vizinhança.

Um pouco mais abaixo e com uma letra trémula podia ler-se "que tenhas todo o descanso que alguma vez almejaste".

Enquanto o lia, as lágrimas escorriam-lhe pelo rosto, as mãos, o corpo, as pernas tremiam. Como podia ele não ter percebido o que aí vinha, como poderia ter sido tão insensível? Como podia ter deixado isto acontecer?

Numa letra quase imperceptível, já não sabia se das lágrimas se da tremura da mão que a escrevera, ainda conseguiu ler "Amo-te demais..."

Ao longe ouviam-se as sirenes...

Abra policia!!! Batiam na porta, ele não tinha forças... Deixou-se ficar sentado no chão a abraçar o que restava dela, enquanto arrombavam a porta...

- Eu também te amo. - Gritava ele, com a voz rouca de quem chora...

- Eu também te amo! - Mas era tarde demais...

Don´t cry

Talk to me softly
There is something in your eyes
Don't hang your head in sorrow
And please don't cry
I know how you feel inside I've
I've been there before
Somethin is changin' inside you
And don't you know

Don't you cry tonight
I still love you baby
Don't you cry tonight
Don't you cry tonight
There's a heaven above you baby
And don't you cry tonight

Give me a whisper
And give me a sign
Give me a kiss before you
tell me goodbye
Don't you take it so hard now
And please don't take it so bad
I'll still be thinkin' of you
And the times we had...baby

And don't you cry tonight
Don't you cry tonight
Don't you cry tonight
There's a heaven above you baby
And don't you cry tonight

And please remember that I never lied
And please remember
how I felt inside now honey
You gotta make it your own way
But you'll be alright now sugar
You'll feel better tomorrow
Come the morning light now baby

And don't you cry tonight
And don't you cry tonight
And don't you cry tonight
There's a heaven above you baby
And don't you cry
Don't you ever cry
Don't you cry tonight
Baby maybe someday
Don't you cry
Don't you ever cry
Don't you cry
Tonight


Guns n Roses - Dont Cry

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Quanto menos expectativas menos desilusões...

Agora que finalmente tinha traçado um plano para mostrar a minha faceta mais positiva, não exteriorizar tanto as emoções negativas e deixar que as emoções boas saltassem cá para fora, vejo que continuo a mesma estúpida que cria expectativas demasiado altas para depois se desiludir. Mas porque será que eu continuo a fazer isto a mim mesma?

Ainda hoje li que devemos sonhar sempre mas nunca criar expectativas. Sonhar é bom, desenvolve a nossa imaginação, leva-nos a sítios onde nunca iremos e a fazer coisas que nunca faremos. Como delimitar os sonhos? Como separar o que deverá ficar apenas na nossa imaginação do que esperamos que venha a acontecer? De que forma nos podemos proteger? Como não deixar que os sonhos nos façam criar expectativas? Não faço ideia! A única coisa que sei é que quanto menos expectativas menos desilusões...

A criação de expectativas sobre coisas reais realça o nosso negativismo, torna-nos amargos, rancorosos e a maior parte das vezes a culpa é apenas nossa. Mas e quando não é? Será que as minhas expectativas não são assim tão altas e apenas não são correspondidas? Será que sou demasiado exigente? Será que o expectei hoje seria assim tão exagerado? Eu penso que não, a mim parecia-me uma coisa perfeitamente natural, mas pelos vistos era a única...

domingo, 28 de junho de 2009

Não me percebo

Efectivamente não consigo perceber as minhas reacções, umas vezes demasiado exageradas, efusivas e outras como que de uma morta. Se em situações sem importância muitas vezes expludo sem razão, tenho dificuldade em demonstrar o que realmente sinto noutras ocasiões.

Sou capaz de ficar uma fera por esperar demasiado tempo para ser atendida numa loja mas o Michael Jackson morreu e nem um pingo de emoção a noticia conseguiu colocar nas minhas expressões e observações. Não fiquei chocada, o que considero normal, tendo em conta que sou uma pessoa que encaro bem a morte, como coisa inevitável que é. Mas se calhar encaro-a demasiadamente bem, não quer dizer que não sinta, mas ficar impávida e serena ao saber que alguém que nos é próximo ou neste caso um ícone da nossa infância morreu talvez seja demasiada impassividade. E como eu já gostei do Michael...

Um qualquer condutor atira-se para cima do meu carro no meio do trânsito e eu grito, esperneio e chamo-lhe nomes mas o meu namorado foi escolhido para protagonista de uma curta metragem, eu devia ter ficado contente e fiquei mas porque raio não o consegui demonstrar?
Serei assim tão insensível? Porque não serão as minhas acções adequadas às minhas emoções? Porque será assim tão difícil demonstrar, em certas ocasiões, aquilo que sinto, levantar a mascára, deixar de passar a mensagem de pessoa desinteressada se na realidade não o sou?

Acabo por concluir que sou demasiado complicada para me conseguir perceber. E se eu não me percebo como é que os outros haverão de conseguir fazê-lo?

O mais importante penso que é conseguir aperceber-me destas coisas e tentar corrigi-las. Se bem que não sou uma pessoa muito efusiva nas coisas que realmente interessam sei que não sou insensível e talvez seja altura de começar a demonstrá-lo.

Na onda dos últimos dias ao meu namorado hoje cantava-lhe ao ouvido...
You are not alone
For I am here with you
Though you're far away
I am here to stay
For you are not alone
For I am here with you
Though we're far apart
You're always in my heart


Para o Michael aqui fica o meu pequeno tributo...



sábado, 20 de junho de 2009

Será?

(Dizem os entendidos em blogs que quando estamos muito tempo sem publicar quando o fazemos o texto deve ser muito bom, para convencer os leitores a voltarem. Não é o caso deste texto mas foi o que saiu. Não tenho escrito, acreditem que não por falta de vontade. Mas, acima de tudo, por falta de tempo e pelos vistos de jeito. Uma coisa não posso negar sou fiel ao meu estilo... não se esqueçam do vídeo...

Terão sido as palavras? Não, é do calor... abrasador
Foram as lágrimas? Não, foi vento... quente
Será por causa das dores? Não, é pelo barulho... da ventoinha

Seja porque for não durmo.
Não durmo, mas sinto... Sinto aquele aperto no peito... Aquele que há muito não sentia...
O gosto das lágrimas salgadas, que me é tão familiar. Acabo por gostar de ainda me lembrar como sabem... Afinal nem todas as memórias são esquecidas.

O que fazer? Nada.
Até porque não me apetece fazer nada. Não fazer nada!
Ficar nesta apatia para sempre. Nunca mais me mexer, ociosa, indolente, inerte, negligente, como que morta.
Mas viva... Viva porque sinto. Sinto a dor, sinto o calor, sinto as lágrimas a escorrerem-me na cara... salgadas... quentes.

É do calor!
Será?

sábado, 9 de maio de 2009

Estou com uma ligeira falta de tempo...

... se quiserem entreter-se enquanto esperam :)

Hoje decidi procurar o Marco no YouTube...


E atrás dele vieram o Dartacão...


A abelha Maia :O


E não podia faltar a minha formiga favorita claro hihi


Desenhos animados do tempo da outra senhora :P

Eu só queria mesmo a canção do Marco, mas gostei de recordar algumas destas canções...

domingo, 26 de abril de 2009

I believe...

Aparentemente é verdade, quando vemos uma estrela cadente e pedimos um desejo, ele realiza-se. Pelo menos o meu realizou-se... No dia 20 de Fevereiro de 2009 eu pedi um desejo. No dia 20 de Abril de 2009 ele realizou-se. Fui pedida em namoro novamente. Entretanto muitas peripécias e aventuras se passaram. Devo dizer que apesar de em vários momentos ter sofrido, e feito sofrer, adorei cada minuto desta semana. Já adivinham que o namorado é o António. Sim, e eu aceitei. Apesar de nem sempre ter tomado as atitudes certas, ao longo dos últimos dias, dei por mim a ponderar o ultimo ano e a achar que lhe devia esta segunda oportunidade. Porquê, não sei! Se calhar porque gosto mesmo dele. Só espero ter tomado a decisão certa e não me vir a arrepender. Neste momento sinto-me muito bem e até agora o António tem correspondido às expectativas. Só espero que continue a esforçar-se por ser um namorado melhor, como prometeu. Da mesma força que eu vou esforçar-me por ser menos possessiva. Afinal tudo é possível, basta acreditar.


Maybe Im a fool
To feel the way I do
But I will play the fool forever
Just to be with you forever

sábado, 25 de abril de 2009

'Cause if everything changes...

You brought the rain and shine into my life
I know you got to leave, but I'm not surprised
What's the use? Any way, I lose. And there's nothing I can do
Wanna know the truth? (Here, I do...)
I'm already missing you

And is this really worth saving?
If this can't work anymore?

And I can see you don't believe, so you'll pack up and leave
I can't change it...
This is just the way it is

What if our revised his words deep into my soul?
What if I see her smile, would it make me crave her more?
What if I heard his voice and it gave me no other choice than to pray?
From day to day I wonder

I'm not unsure, not quite certain though, where these problems came from
I'm not unsure, not quite certain though, why I'm feeling so drawn...

Just because it always was and it will always be this way
It works because all my love makes for a shining, shining day
Against the rain, you feel the change, I start to wonder if I'm ever going to see you again...
Then she tells me this is not the end.

Drawn to the smile on your face
But these are my dreams and this is your place

If that's what you want, it's not what I need, I'm high and dry and you're at sea
Don't leave (Im' listening)
You color ever breath I breathe

'Cause if everything changes...
Will this work anymore?

And I can see you don't believe as I'm ready to leave
We can't change this (No...)

Can we save this?

What if I told you the stars, he drew them only for you?
What if I can't dream, 'cause I'm dreaming of you?
What have I got to lose if I never, ever reach the end of you?
I guess we'll find out soon

I'm not unsure, not quite certain though, where these problems came from
I'm not unsure, not quite certain though, why I'm feeling so drawn to a life with you...

Just because it always was and it will always be this way
It works because all my love makes for a shining, shining day
Against the rain, you feel the change, I start to wonder if I'm ever going to see you again...
Then he tells me this is not the end...

Drawn - Drawn to Life ending theme



quinta-feira, 23 de abril de 2009

terça-feira, 14 de abril de 2009

A lua...

(este post foi escrito no sábado, mas por vários motivos só hoje foi possível colocá-lo aqui no blog)

Ontem à noite quando vinha para casa vi a Lua. Não uma Lua qualquer mas a Lua mais bonita que me lembro de ver nos últimos anos, senão a mais bonita que alguma vez vi na vida.
É inacreditável como os objectos celestes podem alterar o nosso humor, a mim uma Lua daquelas fez-me ficar maravilhada, hipnotizada, sonhadora, pensar em Lobisomens e Vampiros, ver o meu dia que acabava (e a minha vida de maneira diferente). Portanto podemos concluir que a Lua me afecta. Tal como o Outono e o Inverno que me deprimem. Pelo contrário a Lua, o Sol e o calor dão-me força e vitalidade. O Sol e o calor ainda compreendo, mas o facto de a Lua ter um efeito tão forte e imediato em mim intrigou-me, aliás continua a intrigar-me à medida que escrevo este post. Aquela lua tão cheia, tão cativante, tão romântica, tão radiante, tão apelativa, tão bonita. A sua tonalidade dourada, a sua superfície irregular. Foi um momento (aparentemente) insignificante, para mais tarde recordar :)


Quantas juras de amor, quantas promessas de eternidade terão sido feitas debaixo dessa mesma Lua que tanto me hipnotizou?

sexta-feira, 10 de abril de 2009

O que há em mim é sobretudo cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Problema de expressão

Cansaço... físico e mental... os glúteos desfeitos comprovam uma grande e bela noite de exercício... o cérebro feito em papa, o dia de trabalho caótico e divertido... a entrevista que não é marcada... o ego que rebenta... a auto-estima em alta... as preocupações que nem sempre preocupam... apetece-me dançar... mas o corpo não acompanha... talvez cantar... e ter juízo... ser contida e comedida...politicamente correcta... para quê? Ser impulsiva tem muito mais piada... ariscar... chocar... rir... divertir...Escrever alguma coisa de jeito... não consigo... mas quem quiser pode continuar a ler, depois ver o vídeo e quem sabe comentar...afinal isto é um blog... as pessoas lêem e se quiserem comentar estão à vontade... a escritora agradece (muito) os comentários que são feitos pessoalmente mas este blog não está na fase oral (hihi) e sim escrita... mostrem lá os vossos dotes :P

Não consigo dormir, apesar de estar morta de cansaço, e sinto-me tão bem... um contracenso? Talvez... Mas há algum tempo que não me sentia assim... tão serena...

Inconstante, eu? Não, o que tenho é um problema de expressão...


Clã - Problema de Expressão

domingo, 5 de abril de 2009

[ShortStory] Eu e o Ryūjin... (parte II)

Para quem já não se lembra...

Não sei porquê, a Kami nunca gostou muito do Ryūjin. Quando lhe perguntava os motivos não me sabia responder, apenas retorquía que ele não lhe inspirava confiança. Que os seus olhos escondiam qualquer coisa mas que não conseguia explicar. A Kami era única pessoa que não se deixava levar pelas histórias dele. E eu… eu sempre pensei que fossem ciúmes.
Afinal a minha irmã mais nova começava a achar que o Ryūjin era mais importante para mim do que ela.
Mas como é que ela poderia pensar isso?
A nossa família sempre foi o pilar das nossas vidas e quando se desmoronou ela era a única com quem eu podia contar. Sempre.
Mas, também, não compreendia como ela podia não confiar no Ryūjin, a única pessoa que alguma vez me fez sorrir depois do ataque do Uesugi. Era ele que me dava forças para continuar e era por eles que às vezes pensava que devia por de parte os meus planos de vingança. Mas apenas por breves instantes, afinal destruíram as nossas vidas, as nossas terras, a nossa família.

E o Ryūjin também queria vingança. Queria descobrir se tinha sido o exército do Uesugi a raptar a sua irmã e o que lhe tinham feito.
Por isso desde o dia em que conheci o rapaz com os olhos mais bonitos de todo o reino que não temos deixado de fazer planos… planos sobre a vingança, planos sobre como vamos fazer o Uesugi sofrer.

A minha sede de vingança levava-me à manipulação, conseguia convencer tudo e todos com o meu discurso metódico de que faço isto pelas nossas Terras e não pela vingança, pelos seus filhos e não porque vou ter um gosto sórdido em ver arder o homem que mandou destruir a minha família e o meu templo.
Até a pessoa mais ponderada do clã me dava forças, Yamato concordou em treinar-me durante o tempo que fosse necessário, até que eu conseguisse bater-me com o Uesugi de igual para igual.
Todos sabíamos que seria uma luta injusta, todos já tinham ouvido as histórias de como era impossível matar o Uesugi, pois antes era preciso matar o seu dragão e segundo reza a lenda esse é imortal.

Com a ajuda de Yamato, Kami e Ryūjin fui liderando o clã, sem nunca descurar as seis horas de treino diário a que obrigava Yamato. Faça chuva, neve, sol, esteja doente ou sem forças nunca nestes anos falhámos um dia de treino.
A minha espada! Quem ma entregou foi Yamato, o nosso tutor. Foi ele que me ensinou a lutar. Foi ele que me ensinou a empunhar uma espada, foi ele que me ensinou a usar toda a minha energia em combate. Foi ele que me ensinou a amar a minha espada, a senti-la como se fosse uma parte de mim. E se eu o consigo, já nem o meu pai me vencia com a espada. Quando empunho a espada ganho uma nova vida, parece que me transformo. Eu e a espada, pertencemos uma à outra. E como eu gosto de lutar, como eu gosto de vencer.

Durante anos, eu e o Ryūjin fomos inseparáveis. Estávamos sempre juntos, ele ajudava-me em tudo o que era preciso. Trabalhava nas terras, ajudava-me nos discursos, nas compras, nas negociações com os outros senhores. Lutava comigo, limpava-me as feridas e acima de tudo amava-me. Dava-me um amor que eu nunca tinha tido. Não aquele amor fraternal que o meu pai e o Yamato sempre me deram. Mas o tipo de amor que uma princesa adulta precisa.

E durante anos o Uesugi deu-nos descanso, aparentemente as terras deixaram de lhe interessar desde que assassinou o meu pai. Poder-se-ia dizer que a minha vida era quase perfeita. Não fosse a sede de vingança que me atrofiava o coração, não fosse não termos notícias da irmã do Ryūjin, não fossem as saudades dos meus pais.

A minha irmã cresceu e acabou por se habituar à ideia de ter o Ryūjin por perto. Quando decidiu ir estudar para Kyoto não consegui dizer-lhe que não. Claro que tinha medo, tinha medo do que lhe pudesse acontecer, tinha medo que ela nunca mais voltasse, mas se era o que ela queria tinha de a apoiar nessa decisão.
Tratei de todos os preparativos, arranjei uma casa nobre onde lhe pudessem dar a melhor educação e mandei com ela a sua serva predilecta.

Nesta altura, comecei a sentir-me cada vez mais sozinha. O Ryūjin desaparecia durante dias, nunca dando uma explicação credível sobre onde tinha estado, apenas me conseguia dizer que tinha ido atrás de uma nova pista sobre a sua irmã. Tantas vezes pensei em dizer-lhe que, ao fim de tantos anos, o mais certo era a sua irmã estar morta. Mas nunca me atrevi. Ele era movido pela mesma raiva que eu, não quero imaginar qual seria a reacção dele se proferisse tais palavras.

Mas as suas ausências começaram a tornar-se cada vez mais frequentes, mais longas e mais estranhas. Quando voltava não era o mesmo Ryūjin que eu conhecia.

(continua...)

Um tu que não conheço...

Foste o meu tudo,
Foste o meu nada…
Quem eras?

Perdi o tempo
Em contratempos
E nada descobri!

Ficaste a minha incógnita,
Ignota doçura que perdi…

Num tempo que desconheço,
Talvez em outra encarnação,
Eu te descobrirei!

Sabendo-te, serás meu
Ou não!

O meu Karma prolongar-se-á no tempo?
Nas gerações vindouras tu serás tu e eu serei eu?

Ou seremos nada?
Quem sabe?

Num sonho dourado,
Acredito que sim!
Esperarei em outros mundos e outras vidas
Por um tu que eu não conheço!


Um tu que não conheço - Livro da Desilusão - http://www.escritartes.com

sábado, 4 de abril de 2009

Bom dia!!!!!

Lets get it started! Shall we? :D

Naruto Uzumaki: I get it I get it!
Kakashi: No, you don't get it, thats why I'm telling you. You think you get it, which isn't the same as actually getting it. Get it?

Sermão de mãe...

Sermão de mãe... é mau quando somos crianças, é péssimo quando somos adolescentes e sabe bem quando chegamos à idade adulta.

É bom sentir que há alguém, com mais experiência de vida, que nos conhece tão bem que não precisamos de falar para que adivinhe os nossos pensamentos. É bom ter outros pontos de vista sobre a mesma coisa, ver as coisas de outra perspectiva mas ao fim de algum tempo começa a cansar lol . E, pelos vistos, hoje portei-me mal tive direito "sermão" e tudo...

Do sermão desta noite vou retirar umas quantas frases (ai ai os clichés que sempre me assentam tão bem) que poderão resumir o teor da conversa... o ciúme só traz infelicidade... aproveita os pequenos momentos... vive cada dia como se fosse o teu ultimo (mas sem gastares o dinheiro todo porque nunca se sabe se amanhã ainda cá estás lol) ...bla bla bla...

Falar é fácil... Ser mãe deve ser bem mais complicado...


Hoje diria... Volta as vezes que quiseres...