segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ali, deitada...

Enquanto ouvia aquelas palavras àsperas do outro lado da linha. aqueles sons estridentes que lhe perfuravam os timpanos como flechas lançadas a toda a velocidade. O telefone escorregou-lhe das mãos... Os seus olhos irromperam em lágrimas. Convulsões, vómitos... Deitada, imóvel, na pedra fria... Não conseguia articular um pensamento quanto mais uma palavra... A cabeça latejava, o coração pulava, a garganta ardia, o estomago contorcia-se, tal como ela... Ali, deitada... Passaram horas e horas até que conseguisse abrir os olhos novamente, via tudo enevoado... E quase como que num zumbido ouvia o seu nome. Quando finalmente conseguiu focar-se, adaptar os seus olhos a tanta claridade viu... Tudo estava exactamente na mesma.

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