terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Cama!

Demasiado cansada para escrever e a caminho da cama, a ouvir isto...



Espero amanhã ter cabeça para escrever alguma coisa e desvendar como têm sido os últimos dias e como me sinto.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Chá


Acho que estou a ficar viciada em chá...

Ultimamente só me apetece beber chá... quentinho...

E é mesmo isso que vou fazer.

Uma chávena da chá e cama que amanhã espera-me um dia... (quanto mais não seja) comprido....

Hoje vou ficar...

... por aqui...

Hoje vou ficar por aqui, sem fazer (quase) nada... a descansar... a dormitar... no sofá, enrolada numa manta com uma caneca de chá fumegante... a ver filmes e a pensar na vida.

Porque sabe bem, com o frio e a chuva lá fora, estar aqui.

Porque há dias assim, em que me apetece estar comigo :)

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O (grande) monstro de olhos verdes


Em Otelo é chamado de monstro de olhos verdes. Eu não sei se o meu monstro tem olhos verdes mas que é um monstro, lá isso é.

Segundo a etimologia, a palavra ciúme vem de cio que, por sua vez, tem raiz no grego zêlos (e no latim zelumen) que, literalmente, significa inveja, fervor e ardor. Combinando estas definições, podemos definir o ciúme como sendo um zelo e fervor que pode envolver não só amor, no mais belo sentido da palavra, mas desconfiança, inveja e despeito.

O dicionário Houaiss define ciúme como um estado emocional complexo que envolve um sentimento penoso provocado em relação a uma pessoa da qual se pretende um amor exclusivo; receio de que o ente amado dedique o seu afecto a outrem. Um sentimento de perda do objecto ou da pessoa amada para outra pessoa, geralmente, não presente ou desconhecida. A Wikipédia afirma que o ciúme, quando ultrapassa certos limites, transforma-se em patologia... o ciúme mórbido ou patológico, também designado por síndrome de Otelo...

E toda a gente já ouviu ou fez parte de histórias sobre relações que terminam porque uma das partes é demasiado ciumenta. Toda gente sabe como é tormentoso e penoso para a pessoa que é alvo dos ataques de ciúmes do outro. Mas e já pararam para pensar como é penoso e tormentoso para a pessoa que tem os ataques de ciúmes e não os consegue controlar?

Pois é, há pessoas que são ciumentas não porque o querem ser mas simplesmente porque são.
Eu sou uma dessas pessoas. Calculo que a minha ciumeira rase a patologia, tendo em conta que é algo que, raramente, consigo controlar.
Quando tenho os ditos ataques de ciúmes transformo-me, não consigo pensar direito, raciocinar, parece que sou outra pessoa. E nessas alturas a pessoa em que me transformo é uma pessoa má e mesquinha.

O meu namorado sofre, tenho consciência disso. E, apesar de ele achar que não, luto com todas as minhas forças contra esta personalidade ciumenta que cresce dentro de mim.
Não sei que mais possa fazer para deixar de ser a ciumenta controladora em que me transformei. Mais um distúrbio de personalidade a juntar aos vários que, provavelmente, tenho. Penso que este seja o mais premente a erradicar. Mas como?

Eu já tracei um plano, vamos ver se resulta.

O primeiro passo era admitir que tenho um problema e isso já fiz.
Depois contrariar os pensamentos irracionais, é nisto que tenho trabalhado nas ultimas semanas, com evolução favorável mas lenta.

Porque o facto de achar que o meu namorado se pode interessar, constantemente, por outras pessoas mais do que por mim só pode querer dizer que eu tenho um problema de auto-estima. Vou ter de trabalhar na minha auto-estima e capacidade de auto-aceitação.

Porque o ter ciúmes quer dizer que não confiamos inteiramente na outra pessoa vamos ter de trabalhar nisso. Vou ter de confiar no meu namorado. Não duvidar do que ele me diz, já comecei a tentar fazê-lo, também, nas ultimas semanas. Tenho a certeza de que seria mais fácil se o meu namorado não fosse um actor "misterioso" que gosta de ter segredos e de não partilhar a sua intimidade e fosse uma pessoa "normal" (aqui tenho de escrever um lol, uma pitadinha de humor só para o texto não ficar demasiado pesado e/ou deprimente).

Das diversas pesquisas que fiz na internet sobre este tema descobri que há pessoas que acham que se pode curar os ciumes em apenas 5 passos:
1) Avaliação. Se ele não dá motivos para ter ataques de ciúmes porquê tê-los?
2) Reflexão. Lá por um dia ele não poder/querer estar comigo não tem necessariamente que estar a ser infiel.
3) Diálogo. Se há algo que não gosto, em vez de fazer uma cena é melhor falar com ele.
4) Ocupação. Em vez de perder tempo a pensar no que ele estará a fazer quando não está comigo, tenho de ocupar o meu tempo a fazer coisas saudáveis, divertir-me e sentir-me bem. Afinal se eu fui a sua eleita convém que esteja bem disposta quando estivermos juntos.
5) Liberdade. Ninguém gosta de viver numa prisão. Se não estivermos sempre juntos vai ser mais fácil ele ter saudades minhas.

Se calhar essas pessoas têm razão porque o que acabei de escrever em jeito de resumo sobre os tais 5 passos, parece-me fazer todo o sentido e estar em consonância com o plano que já tinha traçado e descrevi acima.

Por incrível que pareça, também, descobri que existem (dizem eles) algumas regras para quem sofre dos ataques de ciúmes das namoradas.
As que mais gostei foram "surpreenda sempre" e "declare todos os dias o seu amor para que não restem duvidas". Não sei se existe a obrigatoriedade de o meu namorado se declarar ou me surpreender todos os dias mas sem duvida não me importava que isso acontecesse. Se ia ajudar a combater os meus ciúmes? Penso que sim.
Mas como é óbvio, é coisa que nem sequer me passa pela cabeça pedir-lhe (amor se estás a ler isto pensa que é um post e estou a escrever sobre coisas que encontrei na internet e não uma forma subliminar de o pedir ok? Se não pedia directamente).
Afinal quem tem de combater e controlar isto sou eu. O problema é meu. Mas se ele quiser ajudar eu não me importo :)

O texto já vai longo e não sei quem terá paciência de o ler até ao fim. Haveria muito mais para escrever sobre este tema, talvez fique para outro dia.
Por agora vou apenas dizer que se o meu plano e estes 5 passos não resultarem, se calhar, a única coisa que me resta será procurar ajuda especializada.
Mas eu sei que sou forte e consigo resolver os meus problemas sozinha, por isso, monstro (com olhos verdes ou não) prepara-te para a guerra.

So....
Let the games begin!

Madeira... quando a ribeira se torna brava...

Esta manhã ocorreu na Madeira uma forte tempestade que deixou a ilha, principalmente a zona sul onde se situa o Funchal, completamente irreconhecível.

Enquanto via, na televisão, as imagens de locais onde já estive hoje completamente transformados em rios bravos, cheios de lama, paus e pedras até me doía o coração.
Como uma ilha linda pode ser destruída em minutos...

A lamentar há a morte de, pelo menos, 32 pessoas.
Há, até ao momento, 68 feridos e um número desconhecido de desaparecidos, bem como elevados prejuízos financeiros.

Há muitas zonas isoladas e sem comunicações, onde ainda não conseguiu chegar ajuda e, portanto, estes números podem subir a qualquer momento.

Não podia deixar de referir esta calamidade aqui no blog e dar as minhas condolências às famílias das vitimas e solidariedade para com todos os afectados.

Ficam aqui algumas imagens se bem que quem presenciou diz que a imagens que estão a passar na TV não espelham todo o horror e destruição vividos no local. Resta-nos saber se a Madeira alguma vez voltará a ser a mesma e quanto tempo e dinheiro custará a sua reconstituição...


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Nem contigo, nem sem ti

Este é o nome de um filme que nunca vi, provavelmente o A. já viu tendo em conta que é uma das pessoas (se não a pessoa) que conheço com mais cultura cinematográfica, um verdadeiro cinéfilo.

Mas este nome chamou-me a atenção, quando vi o anúncio na tv hoje de manhã.
Porque me fez recordar alguns momentos da nossa relação.
Momentos em que não nos podíamos ver à frente, achávamos que não queriamos mesmo continuar juntos mas depois, pelos vistos, também não conseguíamos viver um sem o outro.

Felizmente, pelo menos para mim, esses momentos estão a ser cada vez menos frequentes. Sinto que estou a amadurecer, finalmente! Já não era sem tempo.
Ou se calhar é, apenas, a nossa relação que está... não sei.
Mas muito sinceramente não me interessa.

O que me interessa é que estejamos bem e as discussões (muitas vezes por estupidez) sejam cada vez menos frequentes.
Provavelmente, estamos a conseguir "suportar" as nossas diferenças melhor.
Estaremos a conseguir fazer as tais cedências que tanto dizem serem necessárias nas relações?
Não sei. E mais uma vez não me interessa.

O que me interessa é que sejamos felizes.

E espero que os momentos da nossa relação sejam cada vez mais "nem sem ti" do que "nem contigo" :)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Somewhere over The Rainbow

Foi um Carnaval muito cultural e preenchido, o meu (nosso).


Segunda feira à noite foi a ante-estreia do Wolfman.
Um filme assim-assim mas ainda assim a não perder. Pelos efeitos especiais, pelas interpretações de Hopkins e Del Toro. Devo dizer que fiquei um pouco desiludida, talvez por esperar um pouco mais do realizador de Jumanji e Parque Jurássico III, talvez as minhas expectativas estivessem demasiado altas devido ao excelente trailer do filme. As transformações para lobisomem, na minha opinião, estão brilhantes. Mas o filme não deixa de ser... hmmm... previsível... Devo dizer que não será uma das minhas escolhas quando estiver indecisa sobre que Blu Ray comprar mas não deixa, por isso, de ser um filme a ver, no cinema ou em DVD, para qualquer apreciador de filmes do género.
As Vodkas pretas que se seguiram, também, foram gostosas. Só gostava de ter tido um pouco mais de atenção do A., depois de tantos dias à espera para estar com ele, eu acho que merecia um pouco mais de mimo ao longo de toda a noite. Ele acha que mimou o suficiente, eu não. Quem terá razão? provavelmente, nunca saberemos.

Dia de Carnaval foi no Politeama.
Fomos ver o Feiticeiro de Oz e recomendo!
Um espectáculo leve, bem interpretado, movimentado, muito bonito e bem disposto. Fez-me regressar ao imaginário de criança e a Oz. Adorei o Totó, que na "vida real" até é uma cadela e se chama Judy.
Como podemos ler no site do La Féria é um espectáculo que é um verdadeiro sonho para crianças e adultos.

este será um Blu Ray a adicionar à minha colecção dentro em breve ou quem sabe oferecer a um namorado pouco mimador :)

Acima de tudo, o importante é que me diverti, que me sinto bem melhor do que no domingo passado. Pena é que amanhã já seja dia de trabalho. Apetecia-me ficar em casa a aproveitar o que não aproveitei no domingo... anima-me pensar que é quarta feira e apenas faltam três dias para um novo fim de semana.

Depois do espectáculo, e como era dia de Carnaval, ainda tivemos direito a concurso de máscaras. Devo dizer que vi algumas crianças muito bem mascaradas e produzidas. Afinal quem se diverte mais no Carnaval são sempre as crianças, não é? Eu adorava. Agora já não ligo nenhuma e muito menos tenho paciência para me mascarar.
Quem sabe um dia um Carnaval em Veneza me faça mudar de ideias? O do Rio dispenso, sem sombra de duvida.
E por falar em crianças aqui deixo uma menina estonteante que espero que venha a ter um grande futuro.

Espero que gostem de a ouvir tanto como eu e que se deixem levar para o mundo dos sonhos, pelo menos durante uns minutos. Sonhar sabe tão bem!

Talvez nos encontremos, algures, além do arco-iris...

domingo, 14 de fevereiro de 2010

No matter what...

... in the end we are all alone...


Tão verdade quanto burra a ideia de, num dia como o de hoje, enquanto fazia zapping ter passado pelo P.S. I Love You e ter ficado a ver. Acho que não fale a pena estar para aqui a falar da história do filme e até do que podemos aprender com ele. Hoje não foi um bom dia, só isso... Como a Holly, também eu gostava de poder ficar em casa para sempre ou até ser velhinha, não ter de enfrentar o mundo, a confusão lá fora...


Não chorava tanto a ver um filme desde que eu e a V. fomos ver o Sorriso das Estrelas. É verdade que sou piegas e choro por tudo e por nada. Se já tinha passado grande parte da tarde a chorar depois deste filme acho que vou continuar noite dentro.


O que eu queria mesmo era conseguir deitar-me e dormir, sem pensar em nada. Sem sonhos ou pesadelos. O que eu queria mesmo era que tudo isto passasse depressa e amanhã acordasse com um radiante dia de Sol. Com a moral em alta, bem disposta, pronta para a luta. Mas não me parece que isso vá acontecer. E eu sinto-me mal e não consigo parar...


P.S. I Love You


Gaaaaaaahhhhh

Depois do purificador banho e porque há coisas sem as quais não consigo viver, como é o caso do amaciador, achei que me ia fazer bem sair. Era uma coisa rápida só meter gasolina para não estar preocupada com isso amanhã de manhã (sim porque há pessoas que não fazem ponte e trabalham) e passar no Pingo Doce para comprar umas coisinhas.

Eu devia logo ter percebido que isto não ia correr bem quando cheguei à bomba apinhada. Nessa altura devia ter feito o que me apeteceu, dar meia volta e enfiar-me em casa. Mas não! A burra achou que devia ir às compras à mesma e depois voltava para meter gasolina.

Maldita a hora em que entrei num Pingo Doce apinhado de namoradinhos apaixonados a trocar beijinhos enquanto compravam os ingredientes para o jantar romântico e ocupavam todo um corredor sem se preocuparem que existem pessoas no mundo que têm outros planos além de assistir a uma deplorável cena de abraços e beijinhos no meio de um supermercado.
Apinhado de namorados solitários, devem ser daqueles que recebem o tal "para o melhor namorado do mundo" que corriam para a florista para saírem de lá com um enorme ramo de flores que lhes custou os olhos da cara e daqui a dois dias estão murchas. MORTAS!!!
Definitivamente enquanto assistia a estas cenas deprimentes quase me apetecia esbofetear alguém e gritar para todo o mundo ouvir: "Egoístas!!! Há pessoas que não têm namorado ou não podem estar com ele hoje e que não querem ter de estar a assistir a toda esta felicidade!". Só aí me dei conta do quão amarga estou, é verdade que não vou estar com o meu namorado hoje por muito que isso me custe, mas não posso amaldiçoar a felicidade dos outros.
Por isso, e apesar da vontade de chorar voltar, desejo um excelente dia dos namorados a todos os pombinhos por este mundo fora.

E aqui algo que até cantaria hoje ao meu... (um bocado piegas, como eu...)


...

Quero ouvir a sua voz
Vou telefonar dizendo
Que eu estou quase morrendo
De saudades de você

...

Eu não sei por quanto tempo eu
Tenho ainda que esperar
Quantas vezes eu até chorei
Pois não pude suportar

Para mim não adianta
Tanta coisa sem você
E então me desespero

...


Humores...

Por incrível que pareça hoje já me apeteceu partir a casa toda, bater com a cabeça nas paredes, gritar, berrar, chorar. Chorar muito. E no fim?
No fim vem aquela calma de quem não tem mais reacção. No fim vem aquela falta de vida, de quem já morreu por dentro e não tem nada para oferecer. No fim vem a cara molhada e o olhar mortiço de quem não se consegue mexer.
E para quê? Para nada!
E porquê? Por tudo!

E agora? Agora, não sei...


Agora, luto para encontrar dentro de mim uma réstia de força que me ajude a enxugar este mar de lágrimas, a desligar o computador, levantar-me da cama e preparar um miraculoso banho que me faça esquecer tudo e todos. Não consigo, é estúpido, eu sei!

Saber que me vou sentir melhor quando começar a reagir, que as coisas vão parecer bem melhores depois do banho, do café, do cigarro e do almoço e não me conseguir mexer.


Para ajudar à festa, como acontece sempre que choro muito, dói-me a cabeça. Vá lá, desta vez não vomitei, menos mal.


Queria tanto ter forças... Queria tanto já estar naquela banheira a fazer desaparecer todas estas mágoas estúpidas, parvas e infantis... Queria tanto limpar o corpo e alma e poder voltar a sentir-me alegre e cheia de vida...


Por incrível que pareça só são duas e meia da tarde, pelos vistos o dia hoje promete...

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Cada lugar teu

Sei de cor cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar

Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar

Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só

Eu vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar


Cada Lugar Teu - Mafalda Veiga


Dói-me...

Dói-me a cabeça, tomei um comprimido...
Dói-me a garganta, toma lá uma pastilha...

Dói-me a alma, qual é o medicamento adequado para esta dor?
Há medicamentos e curas para quase tudo já podiam ter inventado um xarope para a alma...

Quem me leva estas dores que me mirram o coração, me corroem por dentro, me destroem e enfraquecem?


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Gimme Hope

A quantas Joanas por este mundo fora já deverão ter cantado esta... Eu própria já tive o meu momento de glória, há muitos muitos anos, no velhinho Jamaica com direito a coreografia e tudo. LOL
Devo dizer que foi muito giro e que me põe um sorriso na boca sempre que a oiço e me lembro dessa aventura, como foi o caso de hoje de manhã quando vinha para o trabalho.
Obrigada M80!



As serenatas quando andava na Universidade, também, foram engraçadas. Hoje em dia, a idade vai contado nestas coisas pelos vistos, já me contentava com um sussurro romântico, que mesmo que não fosse para todo o mundo ouvir, pelo menos me fizesse sonhar.

Teoria do Caos

Teoria do Caos, a teoria que explica o funcionamento dos sistemas complexos e dinâmicos... E é exactamente isso que é uma empresa, principalmente se for grande, um sistema dinâmico e complexo. Tanto mais complexo quanto maior for a empresa...

E a mim irrita-me o caos no trabalho! Posso dizer que sou bastante tolerante à desordem, desorganização e descoordenação na minha vida pessoal e até que sou propensa a isso na minha casa, basta olhar para o meu quarto no fim de uma semana de trabalho para perceber isso. Mas no que toca a trabalho, aí detesto todas as coisas de que falo.
A desorganização e descoordenação de certas áreas ou pessoas com as quais tenho de lidar profissionalmente e diariamente tira-me do sério. Stressa-me por completo e o stress em demasia é demolidor.
Hoje foi um dia particularmente extenuante tendo em conta que, pelos vistos, toda a gente fez questão de me recordar que o caos, efectivamente, existe. E que está cá para durar... Talvez por isso me sinta tão cansada... nem sei como terei forças para me levantar amanhã, o único alento que sinto é por ser sexta feira.

A má noticia é que vai estar um frio de rachar, vamos mesmo bater o dente. Se bem que, pensando bem, o frio faz-me lembrar, e traz, a calma. A paz que vem do frio e que adormece o corpo e pariliza a mente. O frio que acalma este meu interior
caótico.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Estou que não posso...

E não há mais palavras para descrever como me sinto.
Parece que hoje estou a ter um daqueles dias a que, habitualmente, chamamos de dia não.
Fiz porcaria no emprego, pode até ter sido pequenina mas para mim é o suficiente para não me sair da cabeça que errei.
Tenho saudades do namorado que anda demasiado ocupado para estar comigo.
Sinto um terrível cansaço físico.
Tenho fome mas não me apetece jantar.
Tenho sono mas não me apetece dormir.
Quero ler mas não tenho paciência.
Sinto-me em baixo, quase que comecei a chorar há pouco, sem qualquer motivo.
Não consigo decidir que raio de musica associar a este post.

Enfim. Não está a ser fácil. É um daqueles dias em que me sinto mal por tudo e por nada... Só espero que amanhã seja melhor!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Em Paris

(c) Robert Doisneau, Le Baiser de l'Hotel de Ville, Paris, 1950

No dia dos namorados em Paris...

Este foi o tema de um concurso que concorri há uns tempos para ganhar uma viagem a Paris em que deveríamos escrever uma frase que descrevesse o nosso dia dos namorados ideal na Cidade Luz.

Claro que não tenho grande esperança de ganhar o prémio e, infelizmente, a frase que escrevi inicialmente não pode ser submetida pois existia limite de caracteres.

Por isso, antecipando o dia V (V de São Valentim lol) e sabendo que não vai ser dia de prendinhas e lamechices (por mutuo acordo), aqui deixo a minha frase em jeito de "toma lá uma prenda do fundo do meu coração". E a comprovar a minha teoria de que as melhores prendas não se compram, fazem-se de imaginação, amor e carinho. Aqui está a prova do meu romantismo hehehe.

Com quem gostaria de fazer tudo isto vocês (e ele) sabem...

"No dia dos namorados em Paris vamos correr descalços pelos Champs Elysees, trepar o Obelisco de Luxor e bradar aos céus "Je t'aime", saltar para o Sena de mãos dadas na Passerelle des Arts, dançar à porta do Moulin Rouge, dar beijos apaixonados sob o Arc de Triomphe, imitar o sorriso da Mona Lisa, procurar o Quasimodo em Notre-Dame e depois do por do sol visto do alto da Torre Eiffel vamos ganhar coragem para o salto de bungee jumping, a dois, mais romântico do mundo."

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Alone in the Dark


São dias como o de hoje, em que me sinto meio adoentada, que me fazem repensar a decisão, há muito tomada, de viver sozinha. Nestas alturas em que nos apetece o carinho de uma canja fumegante trazida à cama, para não termos de fazer o mínimo esforço e a cura fluir mais depressa. Claro que sei que se precisar mesmo, mesmo basta chamar o SOS Mãe e a canja aparece.

Estava hoje de manhã, cheia de dores de garganta, nestas conjecturas quando decidi que se a canja não vem cá vou eu à canja. A vontade da canja aliada à necessidade de comprar medicamentos conseguiram arrancar-me da cama.

E lá fui, mal vestida, com mau aspecto mas inchada, cheia de um orgulho daqueles que nos fazem ver que as decisões tomadas são as mais acertadas. Cheia de um orgulho de que consigo vencer a preguiça e as dores e tratar de mim sem incomodar ninguém.

Fui para descobrir um mundo novo.
Uma senhora muito simpática na farmácia que apesar de não ter todos os medicamentos que eu precisava (como é que o Constipal esgota?) lá me deu um genérico e os desejos de melhoras.
Duas raparigas, no café onde me deliciei com um capuccino, que discutiam sobre quem o devia fazer. Aparentemente tinham uma disputa sobre qual delas fazia o melhor creme de leite.
Fiquei ainda a saber que quando estamos doentes e vamos comprar uma canja, no take-away, pagamos mais por trazê-la para casa. Pagamos mais porque decidimos comê-la no sossego do nosso lar em vez de num centro comercial apinhado, cheio de crianças aos gritos que é do melhor para quem tem tremendas dores de cabeça.

Ainda assim o orgulho continuava.
Lá vim para casa, aviada de medicamentos, canja e uma revista sobre a minha paixão, a fotografia. Não podemos dizer que seja uma paixão nova, apenas que estou a redescobri-la, a dedicar-lhe mais tempo. Também devo dizer que me tem apetecido, afinal a fotografia é como escrever e como tantas outras coisas, por mais que gostemos se não nos apetecer não há maneira de sair uma coisa de jeito.

E cá estive em casa, toda a tarde de volta do PhotoShop a editar fotografias antigas. Fotografias que já tinha tirado há muito tempo, mas que estavam algures perdidas no disco do meu computador. Como esta que está mesmo por cima do texto que agora acabo de escrever, enquanto acabo, também, de fazer o jantar e me preparo para o comer e me deitar.

Pode dizer-se que foi um dia bem conseguido, em que apesar de não ter tido o carinho de uma alma caridosa que me viesse dar mimos e fazer canja, eu tratei bem de mim!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Pequenos momentos

São dias como o de hoje, que não tendo nada de verdadeiramente importante, se tornam tão especiais e me fazem acreditar que a vida não é mais do que uma amálgama de pequenos momentos.

E são esses pequenos momentos, gestos irreflectidos, que podem tornar um dia banal num dia especial.

Pois é! Hoje, mesmo depois das (habituais) discussões parvas houve um pequeno (grande) momento que o fez valer a pena.
São estes pequenos gestos, românticos sem o serem, feitos sem a intenção de causar impacto que me levam a, cada vez mais, apreciar os poucos momentos em que estou (estamos) bem. Em que me sinto bem, em que me apetece viver e rir (contigo)!

E apesar da insignificância que um enorme pacote de pipocas pode ter, hoje fui feliz...