quarta-feira, 8 de julho de 2009

Em vias de extinção...

Numa mente depressiva o suicídio é um pensamento que se torna recorrente nas fases criticas.

Quando além de pensar em fazê-lo se começa a pensar no acto em si é bem mais preocupante. Qual a melhor maneira, tem de ser definitiva e não uma daquelas coisas que não funciona e apenas serve para que digam "não se queria suicidar era apenas uma chamada de atenção".

Qual a melhor altura, deve deixar-se uma carta? Nesta fase os motivos já não interessam pois a decisão já está tomada, mas era aqui que se devia novamente pensar se os motivos são mesmo válidos.
Se uma pessoa decide matar-se, e como eu sempre disse é egoísta e corajosa a esse ponto, os motivos deverão ser dela e apenas dela. Isto é uma coisa que requer perder muito tempo a ponderar, a minha sugestão é primeiro que tudo excluir todos os motivos externos e de seguida fazer uma lista de prós e contras. O motivos externos não devem ser tidos em conta, afinal se uma pessoa se vai matar, deve ser por si só e não pelas atitudes dos outros.
Só depois de se saber se realmente os motivos que levam a esses pensamentos são válidos para cometer a cobardia de deixar os nossos problemas para os outros resolverem é que se deve voltar a pensar nos preparativos.
Sim, porque um acto que requer tanta coragem para que seja cometido é, também, o acto mais cobarde do planeta. No fundo é admitir que não temos capacidade para lidar e resolver os nossos problemas e preferimos fugir. Mas se não os conseguimos resolver sozinhos que tal pedir ajuda?
Pedir ajuda pode não ser um motivo de orgulho mas saber quando precisamos de ajuda não é vergonha nenhuma. Depois corremos o risco de não recorrermos à pessoa certa, é bem verdade. Pedirmos ajuda a quem se está a borrifar e não quer saber se o fazemos ou não, daí o meu conselho ser pedir ajuda a um profissional. Claro que os amigos e a família, para quem os tenha, irão tentar ajudar mas não estão treinados para lidar com este tipo de situações.

Existem muitos motivos que podem fazer com que a ideia de suicídio passe na nossa cabeça mas serão válidos? O que será assim tão mau, sem remédio que nos faça assassinarmo-nos a nós próprios? Se não concebemos a ideia de tirar a vida a outro ser humano porque pensamos em tirar a nossa própria vida?

Na minha busca incessante por informação (queda livre, tiro ou veneno, eram na minha opinião as melhores maneiras) cheguei à conclusão que existem inúmeras formas de nos matarmos e nas quais não pensamos tanto.
Morrer a rir, morrer de amores, morrer de surpresa. Matarmo-nos a trabalhar, matar o tempo. Afogarmo-nos em lágrimas, em vodka ou cerveja. Matar de paixão e morrer assim mesmo. Estas são as melhores maneiras de cometer o suicido.

Afinal eu sou uma espécie em vias de extinção e por isso devo proteger-me como faço com os tigres, os pandas, os linces, os lobos, etc... Eu sou única, não poderei ser responsável pela minha extinção. Pelo menos não para já.

1 comentário:

isa disse...

a melhor forma de acabar com a vida é espetar uma seringa apenas com ar na veia! li algures há imenso tempo e nunca me esqueci disso.. eheh.. claro que nunca experimentei para verificar :)