domingo, 28 de março de 2010

Onde estás?


Onde estás?
Não te vejo,
Não te sinto,
Não te cheiro.

Onde estás?
Não te vejo,
Que estranha cegueira esta
A que me afecta.

Tocas-me mas não te sinto.
Que se passa?
Onde estás?

O teu doce odor,
Não to cheiro.
Terei deixado de sentir?
Mas eu senti, a dor

Quando a lança me trespassou o peito.
Senti o sangue,
Os arrepios, as convulsões.
Mas a ti, a ti não te sinto.

Nem o ar a entrar-me nos pulmões.
Nem as lágrimas que me escorrem na face,
Nem os cavalos que galopam no paço,
Nem a morte, nem a sua foice.

Onde estás?

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