Amo-te!

Há muito muito tempo, depois de (mais) uma desilusão amorosa fiz uma promessa.

Prometi que não voltaria a usar a palavra Amo-te em vão. Sempre achei que é uma palavra demasiado forte e que não deve ser dita a torto e a direito porque senão acaba por perder grande parte do seu significado. Decidi que a pessoa que voltasse a ouvir um Amo-te da minha boca teria de, efectivamente, merecê-lo pela pessoa que fosse e por aquilo que fizesse.

Claro que nunca sabemos se é para sempre, aliás a regra dita que as relações terminam mas ainda assim há as excepções à regra. E o meu Amo-te ficou reservado para a excepção à regra.

É verdade que enquanto "namorei" com o A. (se é que se pode chamar namoro aquilo que tivemos) a empreguei uma ou outra vez em desespero numa daquelas minhas fases depressivas, quando acabávamos, tempos em que até o suicídio chegou a passar-me (rapidamente) pela cabeça. Não só por ele mas por toda a minha vida, como era naquela altura ou como a sentia naquela altura... vazia...

Graças a Deus que tenho amigos que por mais merda que faça estão sempre lá, prontos para me fazer ver que eu sou muito mais do que a miúda deprimida em que o A. me ajudou a tornar-me.

E graças a Deus encontrei alguém que me empurra para cima em vez de me atirar ao chão e espezinhar. Alguém que sem duvida merece todas as letras do meu Amo-te e mesmo que não seja para sempre, vou aproveitar ao máximo todos os segundos da nossa existência juntos. Amo-te!